Editorial: Vacinas a quanto obrigas

Nestes últimos meses ouvimos falar em regras, em contágios e vacinas, entre outros assuntos relacionados com a Covid-19. Desde o mês de dezembro de 2020 que se iniciaram as vacinações em massa pelo mundo inteiro.

Nos primeiros meses foi difícil controlar quem se devia vacinar primeiro, o que levou o Estado a fazer opções e a ditar quem seriam os prioritários. No entanto surgiram logo alguns que furaram essas prioridades com a ganância de ser vacinado logo. Surgem os escândalos um pouco por todo o lado.

A vacinação é dada a todos os prioritários sem descanso, até atingir a totalidade. Com o passar do tempo, consegue-se atingir os mais débeis e doentes.

As quantidades de doses que chegam ao país são insuficientes para as necessidades e  disponibilidade dos profissionais. No entanto os meses passam e a começar pelas pessoas com mais idade todos são vacinados e desejam ser. Dos 50 anos em diante poucos ou quase inexistentes aqueles que não desejam ser vacinados.

Mas agora chegamos ás faixas etárias em que se encontram alguns negacionistas da eficácia das vacinas. Tese essa que com os resultados que temos no nosso país já caiu em descrédito. Só mesmo por teimosia não se consegue ver como as pessoas com mais idade deixaram de estar em tão grande perigo.

Depois destes meses todos, é bem visível como as vacinas são eficazes e com a experiência que a ciência tem para a construção de vacinas, não seriam precisos os 10 ou 15 anos para que uma vacina se colocasse no mercado da saúde.  É nos mais novos que iremos encontrar uma maior resistência, que de certo modo já vai surgindo. Se nos primeiros meses o Estado tinha que vigiar para que não se vacinasse os que não eram prioritários, agora tem de se arranjar mecanismos para que se leve as pessoas a vacinar.

Aqueles que dizem que a vacina não pode ser obrigatória, eu digo que têm toda a razão, mas também esses devem ter consciência que um dia podem contrair o vírus e prejudicar a saúde de quem mais amam.

A esses que não querem ser obrigados a ser vacinados e que dizem que o Estado não pode fazer isso, porque são livres de optar, então eu digo que levo vacinas desde criança e quando fui professor me pediram logo o livro de vacinas e que se não estivesse em dia tinha de as levar, senão não podia exercer.

Elas existem para travar o avanço do vírus. Pelo bem de todos, Vacina-te.

Abílio Raposo, Diretor