Maria do Céu Lopes Paulo nasceu em Sines, foi professora do ensino primário, durante 36 anos, e, todos os dias “lava os olhos no mar” que a viu crescer. Deixou o ensino há 20 anos e reaprendeu a viver descobrindo novos talentos como a pintura.
“Sou uma pessoa positiva e muito feliz”, revela a professora primária quando desafiada a recordar o passado. Uma infância vivida na vila piscatória, no seio de uma família pobre, mas com um sonho: “Os meus pais tinham uma visão diferente, trabalharam imenso e o objetivo deles era darem-me uma ‘enxada’, que era a forma como o meu pai se referia aos estudos. E
foi assim que, pequenina, com uma malinha de cartão, lá fui na camioneta para casa de uma senhora, em Beja, estudar”,
recorda.
Com apenas 9 anos, Maria do Céu, foi uma das poucas crianças que saiu de Sines para estudar “fora”. “Não tive oportunidade
de pensar em mais nada. O objetivo era estudar e eu tinha de cuidar de mim, orientar- me, estudar para os exames e só com a referencia dos meus pais de que tinha de aproveitar o sacrifício deles”, sublinha.
O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 09 de fevereiro de 2017, n.º 686