O 25 de abril também conhecido como Revolução dos Cravos, foi um acontecimento crucial na história de Portugal. Aconteceu no dia 25 de abril de 1974 e marcou o fim do regime ditatorial do Estado Novo Português, liderado por António de Oliveira Salazar e Marcelo Caetano, que estava em vigor desde 1933. Aconteceu devido à repressão de liberdades civis, liberdade política e liberdade de expressão, aumento do anticolonialismo entre outras causas.
As causas que conduziram à Revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal foram diversas e profundamente significativas. Destacamos algumas das principais razões que levaram a esse momento histórico:
A falta de Liberdade de Expressão: durante décadas, o regime ditatorial em Portugal restringiu severamente a liberdade de expressão, sufocando qualquer forma de oposição ou crítica ao governo;
A revolta com a Ditadura e seus Governantes: A população estava cansada do autoritarismo e da falta de representação democrática. A ditadura, que tinha sido estabelecida desde 1926, gerou crescente insatisfação;
Descontentamento com o Governo: O regime liderado por António de Oliveira Salazar e, posteriormente, por Marcelo Caetano, enfrentou críticas pela sua gestão econômica, social e política;
Isolamento Internacional devido aos Conflitos Coloniais: As guerras coloniais em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau causaram tensões internacionais e isolaram Portugal no cenário global;
População desgastada pelas Guerras Coloniais: A Guerra Colonial, travada nas colônias africanas, resultou em perdas humanas e econômicas significativas, afetando a moral da população;
Precárias Condições de vida do Povo Português: O regime autoritário não conseguiu melhorar as condições de vida da maioria dos cidadãos portugueses. A pobreza, a falta de oportunidades e a repressão eram insustentáveis;
Revolta contra a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado): A PIDE era conhecida por suas práticas repressivas, tortura e perseguição política. A revolta contra essa polícia secreta foi um fator importante;
Medo da tortura e do Governo: O medo de represálias, prisões arbitrárias e tortura levou muitos a desejarem uma mudança no regime;
Proibição de novos Partidos Políticos: A ausência de partidos políticos plurais e a proibição de novas agremiações limitavam a participação democrática;
Emigração de Muitos Portugueses: As dificuldades econômicas e políticas levaram à emigração de muitos portugueses em busca de melhores condições de vida;
Devido a estas causas, houve um golpe de estado e uma revolução não violenta, liderado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), composto principalmente por Capitães que haviam participado na Guerra Colonial. A reação do regime na altura foi praticamente inexistente.
A direção do país foi confiada à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A Revolução dos Cravos, como ficou conhecida, foi um marco na história de Portugal, culminando na queda do regime ditatorial e no estabelecimento de um processo de democratização e transformação social.
Os resultados foram a dissolução do Império Português. O início do processo de transição para a democracia, o fim da Guerra Colonial Portuguesa e independência de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe e a transferência da soberania de Macau (em 1999). O General António Spíndola foi nomeado Presidente da República e, depois disso, entrou em vigência o Processo Revolucionário em Curso (PREC), período em que houve muitas manifestações e governos provisórios.
O 25 de abril marcou o início de uma nova era em Portugal, com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição em 25 de abril de 1976, garantindo eleições legislativas livres pela primeira vez.
O dia 25 de abril é agora celebrado como o “Dia da Liberdade” em Portugal. A Revolução dos Cravos, como ficou conhecida, foi um marco na história de Portugal, culminando na queda do regime ditatorial e no estabelecimento de um processo de democratização e transformação social.
Alguns dados:
25 de Abril de 1974: Forças militares ocuparam pontos estratégicos em Lisboa, derrubando a ditadura do Estado Novo, que havia sido implantada por militares em 1926. O objetivo era pôr fim à guerra colonial, que já durava 13 anos, e prometeram eleições livres e um regime democrático.
15 de maio de 1974: O General António de Spínola foi nomeado Presidente da República e o cargo de Primeiro-Ministro foi atribuído a Adelino da Palma Carlos.
Processo Revolucionário em Curso (PREC): Após a revolução, houve um período de agitação social, política e militar marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios e nacionalizações . Esse período culminou com os eventos de 25 de novembro de 1975.
Nova Constituição: A nova constituição democrática entrou em vigor em 25 de abril de 1976, no mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Esse dia é agora celebrado como o “Dia da Liberdade” em Portugal.
Revolução dos Cravos marcou o fim de quase cinquenta anos de ditadura e abriu caminho para a democracia em Portugal.
Suplemento 25 de abril – Leme 852