Neste tempo que vivemos com muitos constrangimentos e dificuldades a nossa sociedade continua a sua acção de apoio solidário para com muita gente.
A pandemia deixou muitos à mercê da ajuda de terceiros. Podemos encontrar a solidariedade em dois grandes grupos: os que se organizam em grupos ou individualmente para determinadas causas; depois temos todos aqueles que estando empregados, através dos seus empregos fazem trabalho extra hora de trabalho em favor dos outros.
O primeiro grupo de voluntários engloba todas aquelas pessoas que já o faziam normalmente e que, mesmo com esta pandemia, e com medo, continuaram a desenvolver o seu trabalho, sem receber nada em troca, de bens materiais, mas recebendo o carinho e a satisfação de ter praticado algo de muito altruísta. É desenvolvido individualmente ou então é praticado em grupo. Aqui encontram-se alguns grupos já com bastante atividade na nossa freguesia. Uns ligados à Igreja e outros não.
O segundo grupo de voluntariado são todos aqueles que exercem uma profissão e que neste momento de pandemia, continuam a trabalhar e ainda fazem oferta de muitas horas que revertem em benefício de todos aqueles que direta ou indiretamente sofrem com o isolamento ou com a própria doença.
Aqui lembro aqueles que estão na “linha da frente desta batalha” e que são todo o pessoal da saúde que um pouco por todo país estão espalhados pelos hospitais, Centros de Saúde e Clinicas. Depois todos os auxiliares de Acção Direta e de Educação que em tantas instituições de Acção Social (Lares, Centros de Dia, Apoio Domiciliario e Lares de Jovens) excedem o seu período de trabalho remunerado e oferecem em favor dos que cuidam muitas horas da sua vida privada. Não existe dinheiro que pague este trabalho e esta dedicação.
Só assim podemos dizer e afirmar bem alto que o voluntariado que se vai praticando ao longo deste tempo de pandemia a venceu. O medo foi vencido pela coragem e dedicação. Todos nós estamos gratos, muito profundamente, pelo seu trabalho e dedicação.