Neste regresso à normalidade possível em cada momento, se é que de alguma forma podemos falar em normalidade, vamos voltando a encontrar-nos e a frequentar os sítios que frequentávamos antes.
Ontem fui pela primeira vez tomar café ao mesmo sitio onde tenho ido nestes últimos anos e tive uma sensação estranha, parece que algo não estava no sitio. Parece que aquela esplanada me deu uma sensação de liberdade e de que tudo passou. Mas depois olhei e vi… gente de máscara, e eu estava de máscara. Vi máscaras na cara, máscaras debaixo do queixo, máscaras na cabeça, máscara encima da mesa… sim, são modas.
A moda das máscaras. É a rotina que devemos ter nas nossas vidas neste momento da história. Eu penso que um dia ainda vamos olhar para este passo da história e ainda vamos dizer que “eu sou desse tempo” e vão-nos dizer como foi possível.
Iniciamos este mês de junho com a abertura das igrejas. Já podemos voltar a sentir e a viver em comunidade. Com todos os cuidados e distanciamentos. Foi o encontrar o irmão que distante no físico, mas que sempre estivemos perto na oração e na Fé. As paróquias reestruturaram as igrejas para que seja possível a participação do maior número de pessoas. As creches também abriram, com as crianças a voltar ao convívio com outros meninos e meninas da sua idade e com os educadores. Pais, assim meio aflitos a deixar os seus filhinhos. Confiando àquela instituição que sempre confiaram e sabendo que farão o melhor para que o seu pequenino fique bem e longe do contágio do vírus. Com o coração na mão, depois destes dois meses voltam a tentar uma rotina quase normal.
Outros espaços também sensíveis voltam a abrir portas, como os ginásios e os Centros Comerciais, onde muitas pessoas se cruzam e corredores cheios. Todos queremos que tudo regresse à normalidade, mas sabemos que não é de um dia para o outro que isso acontece. Tem de ser de passo a passo. Nestes últimos dias temos visto que um pequeno descuido e pode criar-se um foco da doença. É necessário todo o cuidado.