Foi a primeira farmácia a abrir portas em Vila Nova de Santo André há 32 anos, então no bairro Pôr do Sol. A Farmácia Fontes é um sério caso de empreendedorismo lançado numa altura em que as ajudas eram poucas e a acidade estava meia contruída, ainda com falta de estruturas como luz ou telefone.
José António Fontes recorda “ao princípio não foi fácil porque por parte do Gabinete da Área de Sines (GAS) não houve grande
auxílio nem disponibilidade. O que nos deram foi 19 pilares com o tecto cheio de buracos e o chão em bruto. E disseram-nos:
– aqui é a farmácia. Depois de muita insistência o GAS lá avançou com as obras mas para isso cobrou-nos uma renda de 24 contos, o que era muito para a altura”.
Mas as peripécias não ficam por aqui.
“Quando tivemos de fazer as obras foi uma vizinha que nos facultou a eletricidade, porque o GAS não assinou os papéis para disponibilizar a corrente.”
Era preciso espirito porque nem tudo funcionava como estamos agora habituados. “Não havia distribuição de medicamentos tinha de ir todos os dias às 21 horas à Rodoviária a Santiago à espera da “carreira” que vinha de Lisboa para levantar a encomenda. Mas levantar os medicamentos a essa hora era uma consideração que os funcionários tinham, porque o serviço de bagagens fechava às 18 horas. E isto acontecia com pessoas na farmácia à espera dos de serem atendidas,” recorda.
Artigo completo na edição em papel de 19 de novembro de 2015, n.º 658