A situação não é nova e repete-se por todo o país, muito em parte devido à carência de médicos, sobretudo no interior e zonas afastadas dos grandes centros urbanos. Lidar com esta situação não é fácil, que o digam os cerca de 3600 habitantes da freguesia de Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém, que há cerca de dois meses ficaram sem médico e, consequentemente, sem acesso a consultas.
“Há pessoas com doenças crónicas sem acompanhamento”, queixa-se uma utente que não quis ser identificada. “Estamos sem médico, depois do cubano que aqui estava se ter ausentado. Não regressou, penso que por motivos burocráticos, e agora a população ficou sem um acompanhamento”, lamenta.
Quem compreende os lamentos da população é o presidente da Junta de Freguesia, António Albino que tem de responder às queixas dos habitantes com que se cruza diariamente. “Penso que o médico cubano rompeu o acordo com o Estado português, saiu desse programa e ficámos sem médico. As pessoas tiveram de recorrer ao Hospital do Litoral Alentejano e as receitas demoravam sempre uma semana. É muito complicado uma vez que não temos resposta em relação ao regresso do médico”, confirmou o autarca.
O artigo completo na edição em papel de 20 de Julho de 2014, n.º 628