O Papa associou-se no dia 26 de janeiro no Vaticano à celebração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala anualmente a 27 de janeiro, falando numa “página negra” da história.
“Nunca se deve repetir esta crueldade indescritível”, referiu, no final da audiência pública semanal.
Francisco considerou necessário recordar “o extermínio de milhões de judeus e pessoas de várias nacionalidades e credos religiosos”.
A intervenção apelou a educadores e famílias para que promovam, nas novas gerações, a “consciência da página negra da história”.
“Que ela não seja esquecida, para que se possa construir um futuro onde a dignidade humana não volte a ser espezinhada”, acrescentou.
A jornada anual evoca o aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, no final da II Guerra Mundial (1939-1945).
Estima-se que 1,3 milhões de pessoas tenham sido enviadas para Auschwitz, onde terão morrido mais de um milhão de prisioneiros, incluindo 960 mil judeus, além de polacos, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos e outros europeus.
A 13 de setembro de 2021, o Papa encontrou-se, na Eslováquia, com representantes da comunidade judaica, para evocar as vítimas do regime nazi.
“Estejamos unidos – repito – na condenação de toda a violência, de todas as formas de antissemitismo, e no empenho por que não seja profanada a imagem de Deus na criatura humana”, disse, na Praça Rybné námestie, de Bratislava, onde se encontra um memorial da Shoah e que, durante vários séculos, fez parte do bairro judeu
A intervenção recordou os mais de 100 mil judeus eslovacos mortos durante a II Guerra Mundial.
“Aqui, tendo diante dos olhos a história do povo judeu marcada por esta trágica e inaudita afronta, sentimos vergonha em admiti-lo: quantas vezes o nome inefável do Altíssimo foi usado para indescritíveis atos de desumanidade”, referiu o Papa.
Francisco esteve no campo de Auschwitz em julho de 2016.
OC