Holocausto: Papa evoca «página negra» da história

epa08966063 A handout photo made available by the Auschwitz Memorial and Museum of a grab from the 'Chronic of liberation on KL Auschwitz' made by Soviet army cameramen shows an aerial view of the former German Nazi concentration and extermination camp Auschwitz II-Birkenau in Brzezinka, Poland, January 1945 (reissued 26 January 2021). The 76th anniversary of the liberation of the largest German Nazi concentration and death camp on 27 January 1945, will be commemorated online due to the coronavirus Covid-19 pandemic, with online broadcast and discussion panels focused on the fate of children in Auschwitz. The liberation of the Auschwitz-Birkenau is commemorated as International Holocaust Remembrance Day worldwide. The biggest German Nazi death camp KL Auschwitz-Birkenau was a complex of over 40 concentration and extermination camps operated by Nazi Germany near Oswiecim in occupied Poland during World War II, and a central site in the Nazis' plan to the so-called 'Final Solution' and the Holocaust (Shoa). It is estimated that 1.3 million people were sent to Auschwitz, and 1.1 million died there including 960,000 Jews, 74,000 non-Jewish Poles, 21,000 Roma people, 15,000 Soviet prisoners of war, and up to 15,000 other Europeans. Prisoners who were not gassed in chambers died of starvation, exhaustion, disease, individual executions, beatings or were killed during medical experiments. According to data from Auschwitz memorial, at least 232,000 children and young people were deported to Auschwitz, of whom 216,000 were Jews, 11,000 Roma, about 3,000 Poles, more than 1,000 Belarusians, and several hundred Russians, Ukrainians, and others. A total of about 23,000 children and young people were registered in the camp. Slightly more than 700 were liberated on the territory of Auschwitz in January 1945. EPA/STANISLAW MUCHA / www.auschwitz. HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES *** Local Caption *** 55790104

O Papa associou-se no dia 26 de janeiro no Vaticano à celebração do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala anualmente a 27 de janeiro, falando numa “página negra” da história.

“Nunca se deve repetir esta crueldade indescritível”, referiu, no final da audiência pública semanal.

Francisco considerou necessário recordar “o extermínio de milhões de judeus e pessoas de várias nacionalidades e credos religiosos”.

A intervenção apelou a educadores e famílias para que promovam, nas novas gerações, a “consciência da página negra da história”.

“Que ela não seja esquecida, para que se possa construir um futuro onde a dignidade humana não volte a ser espezinhada”, acrescentou.

A jornada anual evoca o aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, no final da II Guerra Mundial (1939-1945).

Estima-se que 1,3 milhões de pessoas tenham sido enviadas para Auschwitz, onde terão morrido mais de um milhão de prisioneiros, incluindo 960 mil judeus, além de polacos, ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos e outros europeus.

A 13 de setembro de 2021, o Papa encontrou-se, na Eslováquia, com representantes da comunidade judaica, para evocar as vítimas do regime nazi.

“Estejamos unidos – repito – na condenação de toda a violência, de todas as formas de antissemitismo, e no empenho por que não seja profanada a imagem de Deus na criatura humana”, disse, na Praça Rybné námestie, de Bratislava, onde se encontra um memorial da Shoah e que, durante vários séculos, fez parte do bairro judeu

A intervenção recordou os mais de 100 mil judeus eslovacos mortos durante a II Guerra Mundial.

“Aqui, tendo diante dos olhos a história do povo judeu marcada por esta trágica e inaudita afronta, sentimos vergonha em admiti-lo: quantas vezes o nome inefável do Altíssimo foi usado para indescritíveis atos de desumanidade”, referiu o Papa.

Francisco esteve no campo de Auschwitz em julho de 2016.

OC