Crianças plantam mais de 700 árvores junto à Estação Elevatória de Santo André

Cerca de 700 árvores e arbustos vão ser plantados, esta terça-feira, junto à Estação Elevatória de Santo André, numa iniciativa de sensibilização ambiental que contou com a participação de “mais de 100 voluntários”.

Helga Nobre

A iniciativa da Águas de Santo André (AdSA) e a associação ambientalista Quercus, enquadrada nas comemorações do Dia Mundial da Educação Ambiental e do Dia Mundial das Zonas Húmidas, visa o reforço dos valores da sustentabilidade ambiental na comunidade.

“Envolvemos as crianças da comunidade escolar na plantação de árvores, em conjunto com a Quercus, e vamos fazer uma visita a esta Zona Húmida onde nidificam bastantes aves para explicar às crianças qual a sua função no ecossistema”, explicou o presidente do conselho de administração da AdSA, Luís Faísca.

Em declarações aos jornalistas, o responsável adiantou que a plantação de cerca de 700 árvores e arbustos “vai ajudar na proteção ambiental a este ecossistema e na melhoria do aspeto visual de algumas infraestruturas que “chocam” com a zona envolvente”.

A atividade “foi coordenada com as escolas básicas da freguesia de Santo André, durante a manhã, seguindo-se uma outra ação, durante a tarde, com os filhos dos colaboradores” da empresa, acrescentou.

Ao longo do dia vão ser plantados exemplares de espécies autóctones, como medronheiros, sobreiros, viburnos, loendros e alecrim, com o envolvimento de “mais de 100 voluntários”, cerca de 86 convidados da Associação dos tempos Livres o Arco Íris.

A iniciativa enquadra-se no protocolo de cooperação assinado entre a AdSA e a Quercus com vista ao desenvolvimento de um conjunto de ações de sensibilização e educação ambiental na região, frisou a representante da associação ambientalista, Paula Nunes da Silva.

“Com este protocolo pretendemos fomentar a educação ambiental, a melhoria da biodiversidade e a valorização dos ecossistemas naturais”, referiu.

Por “estarmos numa Zona Húmida, isto é muito importante porque cria habitats ricos para aves e outras espécies da nossa fauna”, considerou.

A ação consiste na plantação de várias espécies arbóreas “para criar aqui uma cortina”, tornando-se “ponto de refúgio para várias aves e animais”.

A representante da Quercus revelou ainda que “estão previstas outras atividades, como a construção de um Posto de Observação de Aves para as pessoas conhecerem a natureza”.

Para a vereadora da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Sónia Gonçalves, iniciativas deste género servem para “alertar para as questões ambientais” junto da comunidade escolar e geral.

“É muito importante alertar que o Planeta e os nossos recursos não são infinitos e que urge cuidar do ambiente”, chamar a atenção “para estas questões da reflorestação dos nossos espaços e cuidar da natureza”, sublinhou.

Por seu lado, o presidente da Junta de Freguesia de Santo André, David Gorgulho, considerou que ações deste género servem para reforçar “a área florestar e os espaços verdes”, assim como “a questão pedagógica” junto da comunidade escolar.

“Envolvendo as crianças conseguimos formar cidadãos mais conscientes e preocupados com o meio ambiente e com a dinâmica da nossa freguesia que já formalizou, pela terceira vez, a sua candidatura a Eco Freguesia”, realçou.

A libertação de animais recuperados no seu meio ambiente, no Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André da Quercus, ações de limpeza de praias nos municípios de Santiago de Cacém e Sines, ações com filhos e netos dos trabalhadores da AdSA para libertação de animais recuperados no seu meio ambiente, na Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Morgavel, em Sines, e iniciativas de sensibilização ambiental em todas as escolas 1.º e 2.º ciclo do município de Santiago do Cacém e Sines, são outras das atividades divulgadas pelas empresa.