Jovializar por aí: O Senhor Mendigo

Para começar, espero que este texto vos não entedie. Como poderão os nossos estimados leitores interessar-se por ler assunto tão inusitado como este cujo sujeito é um mendigo. É importante referir que, apesar de tudo, a pobre alma tem vida e uma personalidade sui generis….

Era um mendigo. Não consta na história o seu nome, talvez por ser tão pobre criatura que não merecia um nomezito que o lembrasse. Tinha família, mas antes preferia dizer que não: parece-me que fora deserdado pelo pai aos 17 anos por ser desrespeitador e mal educado, violando as leis da Sagrada Bíblia.

Viveu uns tempos com a sua tia até que aquela rica senhora partiu e ele ficou no mundo ao sabor do vento e da chuva. É possível que se estejam a perguntar pela existência de uma mãe – essa que discordou do facto do pai o ter expulsado de casa, mas, na realidade, a discórdia foi apenas motivada pelo seu papel de mãe.

Tentou ajudá-lo, no início, porque, numa família tão prestigiada e conhecida como aquela, seria uma vergonha haver um filho
deserdado no meio de outros quatro. No entanto, o filho recusou todas as tentativas de ajuda, precisamente por saber que o que
a movia eram apenas estes motivos e não o seu amor por ele.

Por João David Fragoso, nº8, 11ºB, ESPAM, sob a coordenação da professora Paula Moreira de Carvalho

O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 23 de Março de 2017, n.º 689