Opinião: Herbicidas em espaço público

João Madeira

João MadeiraPor João Madeira, professor e historiador

Há alguns dias, discutia-se nas redes sociais o facto de funcionários municipais estarem a aplicar herbicida numa zona central de santo André em pleno dia. Pouco tempo antes, em Melides, eu próprio me cruzei com funcionários, estes da Câmara de Grândola, na mesma actividade. E, por estes dias, também se protestava nas redes sociais por aplicação de pesticidas nas ruas de Alcácer do Sal.

Não creio que a situação se circunscreva a estes casos, longe disso. O uso de herbicidas para eliminar ervas daninhas em meio urbano é corrente. No caso de Santo André, os serviços municipais teriam esclarecido tratar-se de Arboral Star 45, cuja substância activa é o glifosato, comercializado com essa e muitas outras designações comerciais e com uma aplicação em larga escala também na agricultura.

Mas no último ano a controvérsia instalou-se a partir da própria Organização Mundial de Saúde, cuja agência especializada para a investigação sobre o cancro veio precisamente declarar o glifosato é um “carcinogénico provável para o ser humano”, que é o mesmo que dizer ser potencialmente cancerígeno, ainda que os estudos científicos não sejam até ao momento cabalmente conclusivos.

Vale a pena ler o artigo completo na edição em papel de 25 de janeiro de 2017, n.º 685