Esta economia mata

Emérico Gonçalves

Emérico GonçalvesPor Emérico Gonçalves

Se entendermos o neoliberalismo como uma ideologia económico-política em que a matriz de referência é, para além da sustentação de uma economia de mercado livre, a privatização dos setores económicos tendencialmente assegurados pelo Estado, desregulamentação da economia para minimizar o papel regulador do Estado e redução substantiva da despesa pública, vale a pena em repensar a questão da condição humana.

Se a tradição filosófica grega reconhece a importância da individuação do ser humano, se o pensamento cristão enriquece o indivíduo numa perspetiva espiritual, convém lembrar que na modernidade traçam-se interessantes conceptualizações sobre o homem na dimensão coletiva em que o epicentro é a relação sujeito-sociedade.

Quero com isto dizer que a democracia, tal como a entendemos atualmente, não foi inventada na antiga Grécia, mas resultou essencialmente de um processo construtivo da evolução do pensamento europeu, cuja preocupação fundamental foi a condição humana.

O artigo completo na edição em papel de 02 de Outubro de 2014, n.º 632