Por Ana Jorge, na Noruega
É Setembro. É a altura em que te lembras que Bergen é a cidade mais chuvosa do mundo. É pior que Londres. As fotos de praia da Costa Vincentina provocam-me dôr, dôr nos genes.
Só me apetece um dia na Samoqueira, rematado com um panachet e um prato de
qualquer coisa com alho, azeite e coentros – e a pele a encarquilhar-se toda ao sol, do
sal?
Não é que não haja cá camarões, nem cerveja com gasosa, nem sol. É que não é a mesma coisa. Será o sabor do ar?
Este Inverno é o maior desafio, para toda a gente. Ás dez da manhã ainda não é de dia e ás quatro já é de noite.
Por mais feliz e realizada que seja, não há pessoa plena sem seratonina – que nasce nos galhos do sol. À falta dele tomam-se drogas (antidepressivos e vitaminas), óleo de peixe (Gueee) e faz-se exercício físico (au).
Como me assusta dormir ferrada demais e correr o risco de não ouvir a criança a chorar a meio da noite, para além de detestar arrotar a peixe o dia inteiro, resolvi optar pelo exercício.
A última vez que me mexi até suar foi quando tinha 18 anos. Dói-me tudo.
Comecei há um par de semanas mas tive de fazer algumas adaptações. Por exemplo, quando faço jogging , não corro o tempo inteiro. Sempre que vejo pessoas corro rápido com cara de má, quando não está ninguém apenas ando rápido.
O artigo completo na edição em papel de 20 de Setembro de 2014, n.º 631