Por João Pessoa, na Noruega,
Uma das imagens que eu tinha dos países do norte da Europa era ver malta toda estendida nos jardins sempre que aparece um pouco de sol. De facto, ver o sol a brilhar na Noruega é algo que pode ser raro e que deve ser aproveitado sempre que acontece.
Este ano, em Bergen, choveu em 26 dos 30 dias de Junho (um novo recorde) e esteve perto de se bater o recorde de pluviosidade no verão, que data de 1964. A julgar pelas notícias locais, é quase um motivo de orgulho da região e foi até com
alguma pena que viram o recorde de 1964 manter-se. Tendo isto em conta, não é assim tão estranho que uma vez o meu senhorio tenha cancelado uma reunião comigo porque, e passo a citar, “está sol”.
Isto apesar de eu viver bem longe de Bergen, numa região conhecida por ser a «sunny part of Norway». Aliás, em algumas empresas da zona oeste norueguesa está até instituído que, se fizer sol, interrompe-se o trabalho para o aproveitar.
Nada disto me surpreendeu muito quando cá cheguei. O que eu não tinha noção é que não é apenas nos dias de sol que os Noruegueses saem à rua. Faça chuva ou faça sol, é possível vê-los a andar de bicicleta, a correr ou a “gå på tur” (lê-se assim: gô pô tur. Consiste em fazer caminhadas no meio do mato. É praticamente um desporto nacional. É quase mais fácil encontrar um Norueguês no meio do mato do que no centro da cidade e é uma das raras ocasiões em que podemos ver Noruegueses sóbrios a sorrir para desconhecidos).
Para ler o artigo completo consulte a edição em papel de 05 de outubro de 2017, n.º 701