Agricultores de Odemira esperam que limitação de água “seja temporária” e acompanhada de investimentos

Vista da empresa, maquina e pessoas a trabalhar no campo

Helga Nobre

A Associação de fruticultores de Odemira e Aljezur disse entender as medidas anunciadas pelo Governo para fazer face à seca, mas espera que a limitação de água “seja temporária” e acompanhada de “uma aceleração dos investimentos”.

“A nossa reação não é de satisfação, mas tem de ser de entendimento atendendo à situação que se vive neste momento de limitação de água”, afirmou o Presidente da Associação dos Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA), Luís Mesquita Dias.

Para o responsável, é “importante que essa limitação seja temporária até haver uma recuperação significativa da água da albufeira e que não deixem de fazer os investimentos que já há muito deviam estar feitos e que se têm vindo a arrastar e a não executar no Perímetro de Rega do Mira”.

“Provavelmente, se esses investimentos no aumento da eficiência e redução de perdas tivessem sido feitos não teríamos chegado à situação em que estamos hoje”, sustentou.

Na reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca (CPPMAES), que se realizou no passado dia 21 de abril, a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou que foram tomadas ou mantidas medidas para a região Sul, Alentejo e Algarve, como a interdição de novas instalações de culturas permanentes e de “estufas e afins” no Sudoeste Alentejano.

Artigo completo no “O Leme” nº 830 de Maio de 2023