Escola Manuel da Fonseca ganha novo Laboratório de Aprendizagem e Inovação Digital

O novo Laboratório de Aprendizagem e de Inovação Digital da Escola Secundária Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, um investimento de cerca de 140 mil euros, inaugurado no passado dia 23 deste mês, quer apostar na diferenciação pedagógica.

O novo espaço educativo, com cerca de 130 metros quadrados, tem capacidade para receber “em simultâneo, alunos de duas a três turmas e de diferentes disciplinas”, explicou o diretor daquele estabelecimento de ensino, Manuel Mourão.

Para tal, o laboratório está equipado com “quadros interativos, dois quadros de parede em vinil, com 15 metros de comprimento, cadeiras totalmente amovíveis e computadores portáteis”, especificou.

“Em função das suas necessidades e da forma como vão trabalhar com os alunos, os professores poderão dispor o equipamento da forma como quiserem”, acrescentou.

Segundo Manuel Mourão, com a entrada em funcionamento deste equipamento, que resulta da oferta de um benemérito de Santiago do Cacém, os alunos vão poder “trabalhar as matérias em ritmos diferentes, possibilitando a diferenciação pedagógica”.

“O investimento total deve rondar os 140 mil euros, sendo que 90% deste valor foi atribuído por uma benemérita”, indicou o Diretor daquele estabelecimento de ensino que assumiu os restantes “10%” do montante necessário.

O “espaço inovador é uma homenagem a Luís Santos Silva, ex-aluno da escola que foi morto, em 2005, durante uma rixa entre dois grupos rivais, na feira do Monte em Santiago do Cacém”, explicou.

O Diretor acrescentou que “a mãe manifestou vontade de financiar algo que marcasse a passagem do [jovem] pela nossa escola e para além de ter sido criado um concurso de conto, avançamos para a criação deste espaço inovador”.

Em declarações aos jornalistas, à margem da cerimónia, a benemérita Carminda Estevam Silva, mostrou-se “muito feliz por ter ajudado à concretização de uma obra que tem o intuito de favorecer os alunos desta escola e homenagear a memória do meu filho”.

“A ideia começou [a formar-se] quando foi criado o concurso do conto, até que decidimos criar este espaço que me deixou muito satisfeita”, reforçou.

No equipamento foram ainda instalados seis ‘mupis’ digitais, que “são revestidos com um material onde se pode escrever, e vão funcionar como isoladores de som e separadores de espaço”.

O centro de aprendizagem também conta com “laboratórios específicos, com bancadas amovíveis para as disciplinas de física, química e biologia”, frisou Manuel Mourão.

 

“A grande vantagem é que podem estar dois ou mais professores ao mesmo tempo [na sala] e praticarem a interdisciplinaridade, ou seja [lecionar] física e matemática, podendo trabalhar de uma forma articulada ao currículo”, exemplificou.

De acordo com o responsável, o novo laboratório dá ferramentas para “que sejam os alunos a produzirem, a investigar permitindo que sejam eles os sujeitos ativos do processo de ensino e de aprendizagem”.

Helga Nobre