JOÃO VIEIRA lança o seu primeiro livro

No passado dia 17 de julho, na Biblioteca Municipal de Santo André, o escritor João Vieira lançou o seu primeiro livro intitulado “A Cidade Maquete”.

Ao ato, estiveram presentes o Vereador Albano Pereira em representação da Edilidade, o Historiador João Madeira a quem coube a apresentação da obra, Paulo Andrade da editora “Viva a Preguiça” que editou a obra, João Vieira o autor e Helena Assunção que leu uns excertos do livro agora dado à estampa.

Numa breve intervenção, o Vereador Albano Pereira deu as boas-vindas ao autor e realçou a aposta da Edilidade no fomento da cultura, exteriorizando a vontade do Executivo a que pertence em manter esta linha de rumo para contento das populações.

Seguiu-se a intervenção de Paulo Andrade da editorial “Viva a Preguiça”, que citando a obra agora dada ao prelo se referiu a todos os que nela colaboraram: «… edição cuidada e sóbria com fotografia da capa de Paulo Catrica e arranjo gráfico de Artur Sempere».

Continuou a sua intervenção referindo: «… o livro já era um esquiço na cabeça de João Vieira. Homem de imaginação vadia e com apetite pela palavra, João Vieira reinventou a vida na cidade de Vila Nova de Santo André. Os bairros e os nomes destes são reais, as personagens saíram da cabeça dele para as ruas, para as casas, e para o papel».

João Madeira introduziu o livro realçando que: «… é um conjunto de estórias que convergem para uma grande história… afinal a existência de uma cidade muito nova construída nos finais do “Estado Novo”, inicialmente projetada para cem mil habitantes, mas que, devido às vicissitudes sofridas pelo Projeto de Sines, se queda hoje pelos doze mil».

A partir destes considerandos iniciais o Historiador traçou um paralelismo entre a ficção do autor e a realidade vivenciada por todos aqueles que cá residem.

De referir que, antecedendo as diferentes intervenções dos oradores, Helena Assunção, numa superior interpretação do texto ora publicado, lia pequenos excertos da obra que tornavam evidente o poder criativo do autor em relação ao tema abordado.

Por fim usou da palavra o autor João Vieira que basicamente transmitiu aos presentes o seu sentir ao escrever a obra agora lançada: «… terra nova para mim, terra nova em si mesma visto ter sido construída de raiz, obedecendo a um desígnio Imperial. Desígnio interrompido e nunca acontecido. No meu deambular por esta cidade, planeada para 100 000 pessoas, mas albergando atualmente apenas 12 000, cruzei-me com personagens que mais não são do que pequenos portugais – os portugais pequenos que integram o Portugal maior, o Portugal país».

No final da apresentação seguiu-se um participativo debate entre os presentes que partindo da ficção do autor, desviou-se para o futuro e suas perspetivas para uma população que enfrenta as limitações da não conclusão do projeto inicial, mas que vai tentando tornear essas lacunas com especial incidência no desenvolvimento da cultura e suas estruturas.

Ficamos a aguardar o próximo livro de João Vieira que certamente através da sua prosa suculenta e fluída, enquadrará novas estórias na história que queremos ver contada, em relação a esta terra prometida.