Galp suspende produção na refinaria de Sines em maio

A Galp suspendeu a produção na refinaria de Sines na segunda-feira, 04 de maio, devido à quebra na procura de combustíveis causada pela pandemia de covid-19. Durante a paragem, que não terá uma duração superior a um mês, serão realizados trabalhos de manutenção.

A operação da generalidade das instalações da refinaria está interrompida desde 04 de maio, “por um período expectável de um mês”, avançou fonte da empresa.

A mesma fonte refere que os constrangimentos que levaram a Galp a “ativar um ajustamento planeado do sistema refinador” agudizaram-se, desde o anuncio da paragem da refinaria de Matosinhos, criando “restrições operacionais severas”.

Esta evolução impõe “restrições técnicas à operação das refinarias da Petrogal, cuja capacidade de
armazenamento está a atingir rapidamente o seu limite”, reconheceu a empresa numa altura em que o setor apresenta quebras de 50% na venda de combustíveis rodoviários.

Como há “níveis técnicos mínimos a que as unidades podem operar” sem que  seja posta em causa “a integridade dos activos e a segurança de pessoas e do ambiente”, a Galp vai tomar em Sines a
decisão que já tinha tomado em Matosinhos.

“Esta paragem planeada não terá impacto nas pessoas afectas à refinaria da Galp, estando assegurado o abastecimento das necessidades de mercado”, garantiu a empresa que, durante este período, vai realizar trabalhos pontuais de curta duração.

Os “trabalhos pontuais de curta duração”, que vão decorrer no período de paragem de produção, na refinaria de Sines da Petrogal, envolvem um total de 80 trabalhadores externos que “vão cumprir um conjunto de requisitos sanitários obrigatórios”, devido à pandemia de covid-19, esclareceu a empresa.

Por se tratarem de “equipamentos de elevada complexidade, a operacionalização destes trabalhos será realizada por equipas altamente qualificadas”, acrescentou.

Segundo fonte da Galp, para o efeito “foram contratadas maioritariamente empresas locais e nacionais, sendo que no caso de alguns equipamentos que requerem tecnologia muito específica –
como limpeza química, descoqueficação e extração de feixes tubulares em equipamento de troca de calor – foram contratadas empresas internacionais especializadas nestes trabalhos específicos”.

A empresa garante ainda que “todos os colaboradores destas empresas cumprirão um conjunto de requisitos sanitários obrigatórios, reconhecidos pela autoridade de saúde, para prevenir riscos para a saúde pública”, como a “apresentação de atestados que comprovem o seu estado de saúde e a
realização de testes de despistagem no momento da chegada”.

“As equipas vão ainda realizar os trabalhos, a céu aberto, de forma faseada, não se encontrando nas instalações em simultâneo”, indica a empresa que prevê “uma força simultânea diária de 80
trabalhadores dedicados a estas operações”.

Durante este período, “será ainda ativado, em articulação com as autoridades de saúde, um protocolo específico para a entrada e circulação destes trabalhadores nas instalações, que passa pela verificação da temperatura corporal, higienização, utilização de equipamentos de proteção (como a utilização obrigatória de máscara) e a utilização de entradas e espaços diferenciados, de forma a evitar proximidade com outros colaboradores e assim respeitar o obrigatório distanciamento social”, acrescenta.

A empresa refere ainda que a suspensão da operação da generalidade das instalações da refinaria de Sines da Petrogal, terá a duração “expectável de um mês”.