José António Falcão recebe Medalha Martim Soares Moreno

O historiador, professor universitário e conservador de museus foi condecorado pelo Ministério da Defesa do Brasil com a Medalha Martim Soares Moreno, em sinal de reconhecimento pelo seu trabalho como investigador. 

José António Falcão é autor de vasta bibliografia sobre a história, a arquitectura, a arte e as tradições populares do Alentejo. Já desempenhou funções, como museólogo, no Museu de
Évora, na Casa dos Patudos, em Alpiarça, no Museu Gulbenkian e, mais recentemente, no Museu Maynense, da Academia das Ciências de Lisboa.

É membro da Academia Nacional de Belas-Artes, da Academia Portuguesa da História e do Instituto do Ceará, entre outras instituições ligadas à investigação.

Dirigiu igualmente o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, por si organizado. A par dos estudos sobre a herança artística e religiosa do Alentejo, criou, em 2003, o Festival Terras sem Sombra, iniciativa que une música clássica e contemporânea, património cultural e biodiversidade.

Esteve também na origem da fundação do Centro UNESCO de Arquitectura e Arte, com sede na região. Há longos anos que José António Falcão vem estudando os laços históricos entre o território alentejano e o Brasil. Isto permitiu-lhe redescobrir as origens de Martim Soares Moreno, o primeiro capitão-mor do Ceará (1619), uma figura mítica no continente sul-americano – aliado e amigo dos índios, foi o precursor de uma corrente do indigenismo, tornando-se o herói do romance Iracema, de José de Alencar, expoente da literatura romântica.

O investigador português tem dedicado vários trabalhos de fundo a esta temática, quem e recebeu agora o reconhecimento das autoridades brasileiras.

Artigo completo disponível na edição de 02 de Abril de 2020, n.º 759*