Opinião: A história da nossa terra e a história das nossas famílias

Francisco Lobo de Vasconcellos

Por Francisco Lobo de Vasconcellos, arquitecto

Acabado o período eleitoral, faço uma reflexão, não sobre os resultados, porque, sobre esses, não haverá muito a dizer, mas sobre um tema que, invariavelmente, ressurge nesta altura e está muito presente nas preocupações de muitos ligados ao património e turismo.

Falo de algo que, desde que foi tomada a decisão, durante o governo cartista de António de Costa Cabral, tem provocado
aceso debate em Santiago do Cacém: o cemitério dentro do castelo. Durante o Cabralismo foi decidido, por questões de saúde publica, proibir os enterramentos dentro das igrejas, tendo sido criados, a partir daí, e com um carácter mais “institucional” os cemitérios organizados.

Esta decisão, que conduziu à revolta da Maria da Fonte e à guerra da Patuleia, levou a que fosse ocupado o espaço vazio do
interior do arruinado castelo com o cemitério municipal. O castelo de Santiago do Cacém, que desde cedo perdeu o seu interesse estratégico e militar, e pese embora alguma actividade durante a guerra peninsular, terá sido, na altura a situação mais lógica de aproveitamento de uma área vazia, com espaço, e ao lado da igreja Matriz.

Para ler o artigo completo consulte a edição em papel de 05 de outubro de 2017, n.º 701