Opinião: Democracia, um mal menor?

Emérico Gonçalves

Emérico GonçalvesPor Emérico Gonçalves,

A crise das democracias representativas, ou liberais, na europa e na américa tem sido matéria de debate nos meios de comunicação social de uma forma cada vez mais frequente, em função dos resultados eleitorais nos Estados Unidos da América, e do que parece avizinhar-se o que poderá resultar das eleições em alguns países europeus.

Questionar a democracia é um exercício saudável, diria mesmo democrático. Mas afirmar a democracia como um mal menor, ainda que um mal necessário, mostra alguma insensatez.

Afirmando como mal menor reconhecemos que a democracia se deixou aprisionar por qualquer sectarismo, que se apoderando do poder fê-lo para benefício próprio; por outro lado, apesar disso, se afirmarmos que é um mal necessário, revela algum cinismo, porventura perigoso, no sentido em que estaríamos a legitimar um mal para justificarmos, eventualmente, que para lá desse mal mais nada há, a não ser uma forma sectária do poder.

A democracia representativa é um bem. É um bem porque assenta em pilares como a promoção do mérito pessoal através da
educação, o bem-estar social, a liberdade individual, a igualdade perante a lei.

Vale a pena ler o artigo completo na edição em papel de 12 de janeiro de 2017, n.º 684