Nasceu uma carioca portuguesa.
Contrariando as estatísticas de 80% de partos cesariana no Brasil, consegui dar à luz de parto natural e bastante rápido a meu ver (cinco horas), apesar de ter tido o tempo todo uma equipa médica que me tentava convencer que a cirurgia era o melhor, que a bebé era grande de mais, etc.
O próximo passo, agora que rejubilávamos de alegria com mais um membro na família, era tratar da papelada para irmos a Portugal mostrar o novo rebento. Mal sabíamos que uma nova saga estava por começar…
Primeiro tivemos de fazer um agendamento na polícia federal do aeroporto internacional do Rio de Janeiro para fazer o passaporte. Pagámos uma taxa e esperámos (a módica quantia) de trinta dias para sermos atendidos.
No dia agendado é-nos dito que para fazer o passaporte temos antes de requisitar uma pesquisa social que comprove que a nossa filha é mesmo nossa e isso significava enviar um ofício para a maternidade e outro para o cartório para comprovar tal facto. Esses ofícios seguiram via e-mail e demoraram mais de 45 dias (módica quantia!) a ficarem prontos.
Finalmente três meses depois conseguimos tirar o passaporte (que, vá lá, demorou uma semana a ficar pronto) e podemos voar
para a ‘terrinha’.
Artigo completo na edição em papel de 22 de outubro de 2015, n.º 656
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