12 anos de cidade, 40 anos de história

Onde antes havia areal, pinhal e zona agrícola, nasceram ruas, prédios e uma nova comunidade |Foto: Ângela Nobre|

Vila Nova de Santo André celebra, a 01 de Julho, 12 anos de elevação a cidade, mas há mais de 40 que começou a sua história, com o planeamento pelo Estado da construção de raiz de um novo centro urbano para acolher o que se esperava que fossem cerca de cem mil pessoas, entre trabalhadores do Complexo Industrial de Sines e suas famílias.

Onde antes havia areal, pinhal e zona agrícola, nasceram ruas, prédios e uma nova comunidade |Foto: Ângela Nobre|
Onde antes havia areal, pinhal e zona agrícola, nasceram ruas, prédios e uma nova comunidade |Foto: Ângela Nobre|

Embora sem o crescimento esperado – residem atualmente em Vila Nova de Santo André cerca de 10 mil pessoas – a transformação do território e da sociedade local foi evidente. Desapareceram os terrenos rurais, pasto e arrozais, substituídos
por infraestruturas, ruas, prédios e, pouco a pouco, comércio, empresas, associações e serviços. Foi-se criando uma nova comunidade com uma identidade multicultural, constituída por pessoas de todo o país e das ex-colónias que nesta cidade em construção encontraram um novo lar.

António Gonçalves, hoje com 77 anos, testemunhou tudo. Nascido no monte do Baleizão, demolido nos anos 70 para construir o Bairro do Horizonte, recorda-se do tempo em que os arrozais, o areal e o pinhal imperavam na paisagem. “O terreno onde estamos [Bairro Azul] era dos meus avós e lembro-me de vir para aqui com 5 anos. Vinhamos dar folga ao gado, estava tudo semeado, com trigo, cevada e centeio”, conta.

Artigo completo na edição em papel de 18 de Junho de 2015, n.º 649