E a Grécia aqui tão perto

João Madeira

João MadeiraPor João Madeira,

Temos um governo que adoptou uma política completamente contrária ao que prometeu antes das eleições.

Em nome da austeridade, pretensamente para fazer face a uma dívida de que não somos responsáveis, empobreceram-nos, cortaram salários e pensões, agravaram as condições de acesso à saúde, à educação e à protecção social, agravaram o desemprego, aumentaram a pobreza, forçaram os jovens à emigração… e, no entanto, a dívida continua a aumentar.

Na Grécia, o povo passando por tudo isso em níveis porventura ainda piores do que aqueles que sofremos, traduziu todo o seu
descontentamento nas eleições de Janeiro que deram uma vitória expressiva ao Syrisa, um partido de esquerda que se apresentou contra as políticas de austeridade.

Perguntar-se-á, que interesse pode ter o que se passa numa Grécia distante para os leitores deste jornal local?

Poderíamos sempre recorrer a uma frase célebre de um tal Sócrates, o grego evidentemente, que no remoto século V a.C., dizia “Não sou grego nem ateniense, mas um cidadão do mundo”, o que, sendo verdade, não esgota a importância da situação grega aqui e agora.

Artigo completo na edição em papel de 21 de Maio de 2015, n.º 647