Por Susana Lage, no Brasil
Faltam dias para o Natal e não sinto nem uma ponta do espírito festivo típico desta altura, tanto que aqui em casa não tenho uma única peça de decoração exposta.
É que aqui no Brasil é difícil conceber a ideia de Natal que um português sempre teve, isto é, com as rabanadas, o frio e chuva, o cheiro do pinheiro, o presépio e as luzes que enfeitam as cidades.
Tirando a famosa árvore gigante no meio da Lagoa, no Rio não há luzes nas ruas, rabanadas, presépios, pinheiros, andamos de chinelos e semi-nus pois estão 30 graus e um sol de cegar qualquer um que saia à rua sem óculos escuros.
Como este é um país de contrastes, tal facto não deixaria de afectar a época festiva. Se entrarmos em qualquer shopping estamos noutra dimensão, onde aqui sim, encontramos “o Natal”.
Para começar, lá dentro estão 17 graus de temperatura, o que é um choque para quem vem da rua onde estão 30.
Artigo completo na edição em papel de 18 de Dezembro de 2014, n.º 637