PCP critica serviços públicos de saúde em Sines

A falta de médicos e a demora na construção de novas instalações para o Centro de Saúde estão entre as principais críticas da concelhia de Sines do PCP, que para assinalar os 35 anos da criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) distribuiu na segunda-feira passada, 15, comunicados a alertar para essa situação.

“A falta de médicos é alarmante e faz com que a assistência na saúde à população de Sines se degrade de uma forma inaceitável. A situação é de tal forma grave que muitos sinienses para obter consulta num determinado dia vão para a porta do Centro de Saúde cerca das 6h da manhã”, pode ler-se no documento, enviado também para a imprensa.

“A falta de médicos de família, implica que milhares de utentes do Centro de Saúde não tenham um médico atribuído com todas as consequências daí decorrentes para a prestação de cuidados de saúde à população”, acrescenta ainda.

“Em Sines a par da degradação do actual Centro de Saúde recordamos a retirada de valências como o serviço de urgências pelo Governo Sócrates com o argumento da construção do Hospital do Litoral Alentejano e que redundou na situação que hoje vivemos, a população mais desfavorecida e sem acesso a transportes próprios está à partida excluída do sistema. Sem esquecer as taxas moderadoras, as listas de espera para cirurgias e consultas de especialidade, e os preços dos medicamentos, que do mesmo modo fazem o seu caminho na exclusão de cada vez mais utentes”, argumentam os militantes do PCP.

A construção de novas instalações para o Centro de Saúde de Sines, já anunciada por diversas vezes, continua sem avançar, o que também é motivo de protesto.

O artigo completo na edição em papel de 20 de Setembro de 2014, n.º 631