Opinião: Os resultados eleitorais, suas causas e consequências futuras

Manuel Coelho
Médico e ex-autarca, em Sines
Manuel Coelho
Médico e ex-autarca, em Sines

Por Manuel Coelho

Terminada a campanha eleitoral para as europeias – vieram os resultados eleitorais que, para além de alguns cantos de vitória, se traduzem em desilusão e muita apreensão.

No Plano Nacional, depois de 7 anos de crise c/ agravamento progressivo da situação financeira, económica e social e, dos últimos 3 anos de destruição de empresas e empregos, do desemprego de mais de 800 mil trabalhadores, de centenas de milhar de pessoas com trabalho precário, de cortes de salários e pensões, do agravamento das desigualdades e do empobrecimento em geral, do aumento da dívida pública – que já ultrapassa os 132% do PIB e que nos moldes em que estánegociada, não hámeios nem condições de ser paga sem uma renegociação de valores, juros e prazos de pagamento; os resultados eleitorais trazem-nos mais apreensão e dúvidas do que esperança, numa perspetiva de mudanças profundas e desejadas pela população.

A nível europeu os resultados eleitorais  são preocupantes – pelo crescimento da extrema direita, xenófoba e fascinante e por uma acentuada redução eleitoral dos tradicionais partidos socialistas e sociais democratas, que vem por em causa o caminho para a criação de uma Europa com políticas de coesão; das soluções necessárias ao apoio dos países com economias frágeis, que resolvam os problemas das desigualdades orçamentais e os graves problemas no desemprego, da desindustrialização e dos bloqueios ao crescimento económico.

O artigo completo na edição em papel de 05 de Junho de 2014, n.º 625