Um dos pilares fundamentais de uma sociedade e de um País é a Educação. Dela derivam todas as ações da comunidade. Ela, é cultura e tradição de um Povo. Como a Saúde e a Justiça, a Educação é um pilar fundamental. As escolas do nosso País estão a dar os primeiros passos neste novo ano letivo e já se anunciam vários problemas que não foram resolvidos em tempo útil. Desde as coisas mais rudimentares que se prendem com os próprios edifícios, até aquilo que é mais importante que são os mestres, isto é os professores, que irão transmitir a sua sabedoria às crianças e jovens. Uma nação que não cuida com dedicação da formação das gerações atuais não terá mestres no futuro. Uma nação que não passa a cultura e o saber aos jovens corre o risco de, no futuro, não ter quem transmita o que foi o nosso passado para ajudar a construir o futuro, e ao mesmo tempo nos conhecermos como Povo. Qual a minha origem e quem sou eu, passa muito por saber as minha raízes. Iniciamos o ano escolar já com ameaças de greves e mais greves, que até podem ser muito legítimas, legais e até morais, mas são destruidoras de um ano académico justo e sério. Cada aula que se perde é um pouco de conhecimento que não é transmitido àqueles que o deveriam receber. Se não o recebem naquele tempo que está destinado para o assimilar, então fica perdido no tempo. O que se perde no tempo é o que fica enterrado no mais profundo das entranhas da terra. Só um grande explorador pode encontrar esse tesouro que é a cultura. Mas, quem será esse explorador. Provavelmente aquele que pelo seu auto-estudo consegue recuperar o tesouro. Mas é sempre um risco estudar sem orientação e por vezes o tesouro, parecendo que o é, não o será na realidade e recebe-se uma formação muito enganadora. No debate e no diálogo encontra-se o caminho da sabedoria e não na teimosia ou no egoísmo. Nada nos pode trazer maior sabedoria que no caminhar juntos uns com os outros. Por isso neste início de ano escolar, era bom que todos dessem as mãos e conseguissem pensar mais na formação das novas gerações do que no seu próprio interesse. O Estado, deve pensar na solução para os problemas criados aos professores no passado e resolvê-los para o bem, deles e dos formandos, logo pensar no futuro. É ao Estado que compete que nenhuma escola esteja sem um professor que seja, no início do ano. Todos os alunos têm o direito à formação, e logo, a um professor.
20/09/2023
Abílio Raposo