Suspensas buscas por praticante de pesca submarina desaparecido em Sines

Helga Nobre

As buscas pelo praticante de pesca submarina, desaparecido no mar ao largo do cabo de Sines, no passado dia 04 de fevereiro, foram suspensas quatro dias depois pelas autoridades que continuaram a realizar o patrulhamento diário por terra e no mar.

De acordo com o Comandante da Polícia Marítima (PM) de Sines, Luís Filipe Duarte, as operações foram “suspensas na terça-feira, dia 7, cerca das 17:30, e passaram a integrar as patrulhas de rotina diárias”.

“Isto significa que deixou de haver um dispositivo permanente na zona onde o praticante de pesca submarina desapareceu e o patrulhamento vai continuar a ser feito, por terra e no mar, no âmbito das ações diárias até que se considere adequado”, explicou.

Nas operações de busca, que foram coordenadas pelo Capitão do Porto e Comandante da PM de Sines, esteve empenhada, por mar, uma embarcação e uma mota de água da Estação Salva-Vidas de Sines.

Já em terra, estiveram elementos do Comando-local da Polícia Marítima de Sines, apoiados por um drone e elementos dos Bombeiros da Autoridade Portuária de Sines.

“Foram também efetuadas buscas subaquáticas em todos os locais identificados por amigos da vítima que normalmente mergulhavam com ele na zona onde desapareceu, sem sucesso”, avançou Luís Filipe Duarte.

O alerta foi dado, no sábado, dia4 à noite, “por volta das 21:00”, pela namorada deste praticante de pesca submarina, de 38 anos, residente em Ericeira, no Concelho de Mafra, no Distrito de Lisboa.

“Normalmente, a vítima enviava uma mensagem à namorada quando entrava e quando saía da água e essa mensagem a dizer que tinha saído nunca chegou”, revelou o Comandante, explicando que, após o alerta, foram logo mobilizados vários meios para o local.

As Autoridades iniciaram as buscas “por água e por terra, nessa mesma noite, e localizaram a viatura do homem nas imediações do cabo de Sines, [zona] correspondente com o local onde eventualmente teria efetuado o mergulho”, indicou.

Durante as operações foi também encontrada a “prancha de apoio, localizada numa pedra a cerca de 500 metros da orla costeira”, precisou, indicando que foi detetado “algum material utilizado na pesca submarina pertencente ao pescador”.

“Essa prancha estava fundeada no local onde, este domingo, concentrámos as buscas subaquáticas com mergulhadores, mas que, até agora, não deram qualquer resultado”, lamentou.

O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima prestou apoio aos familiares da vítima.

Leme 825 – Fev/2023