Isto do jornalismo tem várias frentes, mas habitualmente é desempenhado a partir do trabalho solicitado pela editora do jornal e lá vamos ao encontro do evento carregando o caderno, a caneta, o gravador e o inseparável telemóvel que ultimamente tem substituído alguns… senão todos… os outros artefactos de reportagem.
Chegados ao local, cruzamo-nos com os colegas “habitués” destas andanças mas… ressaltando de entre todos o Duarte Gonçalves, sempre de câmara em punho registando em imagens o desenrolar dos acontecimentos…
Muitas vezes antes de nos cumprimentarmos ele dispara, não a máquina, mas a sacramental pergunta: «precisas de fotos para o teu trabalho? Logo envio-te».
Será esta a forma mais realista de apresentarmos o nosso colega Duarte, recentemente vencedor do Concurso de Fotografia promovido pela Associação Jovens de Lisboa, no âmbito do projeto Captura e ao qual concorreu com uma
fotografia da Lagoa de Santo André.
«Consegui o 1.º lugar, com uma fotografia tirada na Lagoa de Santo André no dia da abertura da Lagoa ao Mar, este
ano» confidenciou-nos com aquela modéstia que o caracteriza.
«Ando neste mundo da fotografia há muitos anos e nunca fui muito de participar em concursos, mas os meus quatro amigos, o Paulo Chaves, o João Paulo Fragoso, a Sónia Matias e a Catarina Canelas deram-me um grande empurrão e os resultados estão à vista».
A conversa fluiu sem a necessidade da tradicional matriz da pergunta /resposta: «Este prémio tem, para mim, um
significado muito especial. Esta fotografia foi tirada 7 dias após a minha alta médica do Hospital Litoral Alentejano onde estive internado devido ao COVID-19. Foram dois amigos, a Teresa e o Pinela, que me levaram ao local no dia da abertura da Lagoa, apercebendo-se que eu precisava de mexer na minha máquina fotográfica, após o período bastante complicado que acabara de ultrapassar».
A talhe de foice lá fomos falando de retratos e exposições e era inevitável: «Em breve a minha exposição “10 Anos e 120 retratos” sobre o Concelho de Santiago do Cacém, inaugurada em janeiro último e encerrada prematuramente devido à pandemia, reabrirá a três de julho e permanecerá exposta no Auditório Municipal António Chaínho até ao dia
trinta do mesmo mês».
Resta-nos felicitar o nosso colega Duarte pelo sucesso obtido, incentivá-lo a prosseguir o seu meritório registo do
nosso quotidiano e publicamente enaltecê-lo pelo seu comportamento profissional e de amizade para com os
colegas deste trabalhoso ofício que é a Comunicação Social. Bem hajas Duarte Gonçalves.