Opinião: “Falta cumprir-se Santo André”

Lourdes Silvestre - Opinião

Por Lourdes Silvestre, gestora bancária

As eleições, são uma forma de converter a vontade coletiva dos povos em governos e políticas. Porém, o atual desencanto dos cidadãos em relação à política e à economia pode resultar num perigoso “divórcio” entre a política e os cidadãos.

Vivemos numa época de grande interesse pela política, mas pouca fé nos políticos e nas instituições, o inverso do que existia há
5 décadas, em que os cidadãos tinham pouco interesse na política, mas uma confiança natural na democracia.

A generalidade dos portugueses mostra-se cada vez mais e de forma ainda mais marcada, indiferente face ao processo eleitoral.

Senão vejamos as elevadas taxas de abstenção em várias votações decorridas em Portugal. A título ilustrativo, se tivermos em conta eleições para a Assembleia da República, podemos ver que em 1975 a abstenção foi de 8,5 %; a mais baixa. A abstenção foi aumentando ao longo dos anos, exceto em 1979, onde decresceu. Em 2015 a abstenção, atingiu 44,1% e nas presidenciais de 2016 contaram com uma taxa de abstenção ao nível nacional de 51,16%. Relativamente às eleições para o Parlamento Europeu, as taxas de abstenção estão consistentemente acima de 60%, desde 1994.

O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 08 de junho de 2017, n.º 694