Opinião: Vamos lá ver, diria o cego…

Opiniao Mario Primo
Encenador e professor, em Vila Nova de Santo André
Opiniao Mario Primo
Encenador e professor, em Vila Nova de Santo André

Por Mário Primo,

O país entra aos poucos no frenesim da campanha eleitoral, definem-se as estratégias, escolhem-se os candidatos, multiplicam-se os contactos porta a porta e os sorrisos democraticamente distribuídos.

É tempo das promessas eleitorais, daquelas de que diz o povo “estar o inferno cheio”. Os protagonistas perfilam-se na convicção inabalável da “sua verdade” que, como se sabe, à imagem da presunção e da água benta, “cada um toma a que quer”.

A verdade em política parece sempre emanar do alto, rodeada de luz como as manifestações do sagrado. Mais tarde, uma vez eleitos, ver-se-ão menos, mas as suas decisões serão sempre as mais pensadas e incontestáveis, as mais acertadas e sem alternativa credível.

A dinâmica nesta região não será muito diferente das restantes, apenas mais modesta, menos mediática e com menor impacto nas projecções nacionais, devido à falta de escala e à interioridade, num país onde se acentua a macrocefalia.

O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 11 de maio de 2017, n.º 692