Após mais de três anos a liderar a Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS), o “mais antigo gestor público” a exercer funções em Portugal, com 30 anos de carreira, vai “navegar por outros mares”. João Franco, que integrava a administração portuária de Sines há onze anos, primeiro como vogal e depois como presidente, sucedeu a Lídia Sequeira na liderança da APS. Em setembro, foi anunciada a sua substituição e indicado como seu sucessor o nome de José Luís Cacho, nomeado oficialmente na segunda-feira (17). Ainda antes de deixar Sines, em entrevista ao jornal O Leme, João Franco falou da sua passagem pelo maior porto nacional.
O Leme – Esteve à frente do maior porto nacional durante mais de três anos. Quais os desafios que encontrou quando assumiu a presidência do Conselho de Administração?
João Franco – Posso dizer, tentando ser sintético, que o nosso empenho neste período, não só meu, mas do Conselho de Administração, da empresa em geral, dos concessionários e de todos os agentes económicos envolvidos na atividade portuária aqui em Sines, foi no sentido de continuar a fazer crescer a atividade, fazer crescer a movimentação de mercadorias, subir no ranking internacional e ganhar prestígio internacional e isso foi conseguido. Em 2011, [o porto] não chegava a 26 milhões de toneladas movimentadas, em 2012, foram 28,5, em 2013, já passámos para as 36,5 de toneladas, em 2014, para 37,5 milhões e, em 2015, para 44 milhões de toneladas. A previsão para 2016, no final do ano – e que vamos com certeza cumprir -, é ultrapassar os 48 milhões [de toneladas de carga movimentada]. Ou seja, passámos de 2012 para 2016, de 28,5 para 48,5 milhões de toneladas.
Era vogal na administração liderada por Lídia Sequeira. Pode dizer-se que houve uma continuidade no desenvolvimento do trabalho que estava a ser feito?
Artigo completo na edição em papel de 20 de outubro de 2016, n.º 679