Por Sara Barbosa, em Nova Iorque, EUA
Dia 10 de Julho. Eu sem saber sobre o que escrever. Era hora de ver o jogo de Portugal e mais tarde pensaria sobre o assunto. Quando o jogo acabou, e a minha histeria acalmou, o problema estava resolvido.
Ligo pouco ou nada a futebol. Faz-me alguma confusão, como é que o futebol e o fanastismo de alguns adeptos pelos respectivos clubes, pode gerar tantas ofensas e violência, como é que a vitória ou derrota de um clube pode causar tanto
sofrimento ou tanta alegria e alterar por completo o estado de espírito de uma pessoa naquele dia ou naquela semana, quando na realidade, a vida continua exactamente na mesma.
As pessoas não ficaram mais ricas, não ocorreu nenhuma tragédia, não se alcançou a paz no mundo. A vida e o mundo continuam exactamente na mesma. Essa foi, aliás, uma das principais diferenças que senti nos EUA. Assisti a alguns jogos de basquete (o “soccer” não é o desporto rei por estas bandas) e sinto que aqui os jogos são apenas motivo de festa e entretenimento puro. As pessoas vão para se divertir e, sobretudo, para comer e beber. Saem do jogo felizes quer a equipa pela qual torcem saia vencedora ou não.