Editorial: Politiquices… parte II

Abílio Raposo
Diretor
Abílio Raposo
Diretor

Por Abílio Raposo,

Nestes últimos dias temos assistido a uma grande movimentação como não se via já faz tempo. Agora é uma reunião aqui… depois uma ali; depois é uma “piscadela de olho” à direita, depois à esquerda.

Sou sincero com o leitor, como sempre sou e tenho de dizer: nunca tinha visto um político com tanta vontade de ser Primeiro-ministro como o Dr. António Costa. E mais, não entendo qual é a dificuldade deste Senhor aceitar a vontade dos portugueses. E façamos aqui uma análise:

Primeiro, o governo que acabou o seu mandato, PSD/PP, desejou ser sufragado de novo para iniciar mais um mandato e seguir com a sua estratégia politica para nos retirar da crise e levantar o país. Mas os portugueses, votantes, decidiram dar-lhes mais uma oportunidade, mas, com um aviso, “vão governar mas com a ajuda das outras forças partidárias presentes na Assembleia da República. Não concordamos, na totalidade, com o vosso caminho…”. Sim é esta a minha leitura dos resultados eleitorais do passado dia 4 de Outubro.

Segundo, os portugueses, que votaram, não encontraram à Esquerda um líder forte e que pudesse ser Primeiro-ministro. E por isso não lhe deram a vitória. Não é vontade dos votantes que o Dr. António Costa seja, para já, Primeiro-ministro. É necessário que ele ainda prove que consegue ajudar as pessoas, ajudando o quem ganhou a governar o país. Sim, vetando o que pode prejudicar os portugueses e apoiando o que leva à reconstrução social e económica dos portugueses.

Artigo completo na edição em papel de 22 de outubro de 2015, n.º 656