Por Ana Jorge, na Noruega
Nunca pensei que os portugueses (pelo menos os que opinam nos artigos dos jornais online e fazem parte da minha rede de “amigos” no facebook) fossem tão xenófobos. Apesar da nossa diáspora e do nosso acesso à informação, apesar da nossa história como colonialistas e refugiados de guerra, a fobia prevalece.
Sobrepõe-se a imagens de pessoas desesperadas, de crianças mortas na areia. Desde os que dizem “os nossos primeiro!” sem nunca terem saído da sua zona de conforto para saber quem precisa e como pode ajudar, aos que assumem que uma população de 40 milhões está em êxodo porque pretende eliminar o mundo ocidental e impor o Islamismo na sua forma mais radical.
Que desilusão.
Convivo diariamente com pessoas de diferentes nacionalidades porque moro num bairro bastante colorido. As minhas vizinhas de baixo são espanholas, os do lado, o homem é Irlandês e a mulher norueguesa, do outro, um jovem casal norueguês.
Artigo completo na edição em papel de 10 de setembro de 2015, n.º 653