Opinião: Uma cidade partida…

Por Laura Miranda,

Vivo em Santo André há 33 anos. Desde sempre 3 coisas me intrigaram.

Primeiro ter sido construída uma cidade de raiz com as costas voltadas para o mar. Em linha recta temos o mar a uns simples 2 km e temos bem mais para lá chegarmos por uma estrada sem bermas ou pela areia do pinhal ou por acessos muitas vezes intransitáveis. A cidade ficava tão bem se fosse amiga do mar…

Em segundo lugar porquê uma cidade sem um centro agregador e convidativo a estar, a passear e concentraras pessoas? Nada
que não tenha sido já inventado há séculos… Uma praça! Uma grande praça central bonita, arranjada e convidativa, a sala de
visitas e de de estar da terra! Os nossos antigos e os nossos vizinhos espanhóis sabem bem o que isso é. Bastava aprender
com eles, senhores urbanistas!

A terceira coisa é mesmo aberrante, construir uma cidade de raíz com uma auto- estrada ao meio a separá-la! Partir a terra em dois, dificultar os acessos das pessoas umas às outras e aos serviços é confiná-las quando há equipamentos únicos que servem novos e velhos e todos os dias são procurados pelos habitantes: Centro de saúde, Escola, junta de Freguesia, Igreja, Correios, Serviços, etc…

Artigo completo na edição em papel de 18 de Junho de 2015, n.º 649