Após duas apresentações em edições diferentes da Mostra Internacional de Teatro de Santo André com a companhia colombiana Casa Del Silencio, Juan Carlos regressou a Portugal para preparar um espectáculo com o GATO SA, utilizando uma nova linguagem para os actores portugueses: o teatro físico e gestual.
“É um resultado dos encontros artísticos da vida”, diz, em espanhol, Juan Carlos, quando questionado pelo jornal O Leme sobre a forma como começou este projecto que o levou a ter uma estadia mais prolongada em Portugal.
“A vida levou-me a encontrar em Santo André com o Mário [Primo] e surge a intenção recíproca de fazer um projecto, com o Mário e com os actores que participaram em workshops”, explicou, recordando as duas visitas anteriores a Vila Nova de Santo André, primeiro para apresentar a peça “Woyzec”, em 2012, e o regresso, em 2014, com “Kokoro”.
“Este é um desejo comum de nos lançarmos numa aventura criativa, diferente para eles e também para mim”, acrescentou.
Juan Carlos e a sua companhia em Bogotá trabalham essencialmente o teatro gestual, físico, sem texto nem palavras, com base na escola de Étienne Decroux, considerado o “pai da mímica moderna” e de Marcel Marceau, com quem o encenador colombiano trabalhou.
Esta é uma forma de fazer teatro completamente diferente do habitual em Portugal e mesmo pouco usada no país, segundo diz Mário Primo, director artístico do GATO SA e da AJAGATO (Associação Juvenil de Amigos do GATO).
Artigo completo na edição em papel de 08 de Janeiro de 2015, n.º 638