Um novo sentimento produtivista

Manuel Amaro Figueira - Opinião

Manuel Amaro Figueira - OpiniãoPor Manuel Amaro Figueira

Com a evolução da crise iniciada em 2008 o sector agrícola passou a ser mais visível, especialmente por conseguir crescer 4,8 % em volume em 2013, enquanto o país no seu todo e no mesmo período, evidenciou taxas de crescimento negativas.

De repente , a terciarização do país aparentemente inevitável e inquestionável, passou a ser posta em causa, dando lugar a um novo sentimento produtivista.

Não sendo propriamente o regresso à terra uma novidade em tempos de crise, também não será novidade que as crises propiciam o surgimento de oportunidades, sendo em meu entender a altura indicada para eliminar muitos dos constrangimentos que dificultam o crescimento de empresas agrícolas e o estabelecimento de novas, aproveitando assim o renovado interesse pela agricultura dos tempos actuais.

Um dos principais constrangimentos de natureza exterior ao sector, é a questão do acesso à terra para quem pretenda criar uma empresa agrícola e não seja proprietário. As leis do País possibilitam que um prédio rústico, com aptidão agrícola, seja detido por quem não tem hipótese de o explorar, sem que por esse facto sofra qualquer penalização fiscal ou de outra natureza.

Artigo completo na edição em papel de 16 de Outubro de 2014, n.º 633