Hoje quero escrever sobre o sofrimento humano.
Gosto de pessoas! Sempre me apaixonei por atividades que revelam a essência da natureza humana.
Há quem se interesse pelo funcionamento do corpo humano, eu gosto de dissecar almas e de intervir resolvendo dramas e litígios é essa a minha adrenalina, que é própria do meu ofício.
Nesta altura, em Portugal, sofre-se muito preocupo-me especialmente com aqueles que têm crianças a cargo e com os mais frágeis e isolados.
Aprendi que a melhor forma de ajudar é dar trabalho, e é essa a capacidade que mais me esforço por desenvolver.
Num momento em que o sistema bancário já foi mais sólido acredito que investir o que for possível, com sabedoria, dando trabalho a quem dele necessita é não só um bom conselho económico; mas o cumprir de uma responsabilidade social de servir quem está mais próximo.
José Tolentino de Mendonça no seu livro “Pai Nosso que estais na Terra” diz que a escritora Christiane Singer relata uma explicação curiosa que um antropólogo, seu amigo, lhe disse haver escutado a um arborígene “Não senhor, nós não temos crises, nós temos iniciações.
De cada vez que tudo se desmorona ou que um desgosto se abate sobre nós é necessário reconstruir-nos e reinventar-nos.
O artigo completo na edição em papel de 05 de Setembro de 2014, n.º 630