“Com alguma loucura, no bom sentido”, Mário Primo

Entrevista - Mário Primo
Mário Primo

Entrevista - Mário PrimoCom mais de 7 mil espectadores – em média 178 por espectáculo – a 15.ª edição da Mostra Internacional de Teatro de Santo André foi especial, levando companhias profissionais a 8 localidades da Costa Alentejana e ainda a Faro e a Lisboa durante um mês em que se celebrou a arte cénica.

No rescaldo desta festa do teatro, que decorreu ao longo do mês de Junho, para lembrar como tudo começou e perceber como se conquistam plateias cheias em pequenos auditórios locais, O Leme esteve à conversa com Mário Primo, director artístico da Mostra, promovida pela AJAGATO (Associação Juvenil de Amigos do Grupo Amador de Teatro de Santo André).

Como começou a paixão pelo teatro?

É algo que despertou em mim fruto de um conjunto de circunstâncias que envolveram a minha vinda para esta região. Eu vim de Lisboa, estava a estudar arquitectura em 1974 quando aconteceu a revolução de Abril. A escola fechou e, depois de um período de espera em que dei a volta à Europa à boleia durante um mês, aventurei-me a dar aulas. Era uma situação provisória na minha cabeça, mas acabou por se tornar definitiva. Comecei a dar aulas numa altura em que havia tudo para fazer na escola, em 1975, numa disciplina que era nova nos currículos, a Educação Visual, que privilegiava o processo em detrimento do resultado final. Na altura estava muito claro na cabeça dos professores que havia uma diferença grande entre ensinar e proporcionar a aprendizagem.

E qual era a diferença na prática?

O artigo completo na edição em papel de 08 de Agosto de 2014, n.º 629