Por Cláudia Carracha, desde 2012 no Chile
“Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
Con ellos anduve ciudades y charcos,
Playas y desiertos, montañas y llanos,
Y la casa tuya, tu calle y tu patio”“Gracias a la Vida”, Violeta Parra
Dezembro de 2011. Chegada a Santiago do Chile. É Verão, o calor sufoca. A magia da quadra natalicia toca-me, intensamente, o rosto, de manga curta e calções agarro cada pedaço de céu. Caminho pelo centro até à “Plaza de Armas”. Imponente essa catedral do século XVIII que me recebe.
Uma multidão de vendedores e artistas de rua que brilha, desde homens estátua, a músicos tocando flauta ou violino. Idosos a jogar às damas ou ao xadrez. Caminho pela comuna de Providencia como em Madrid ou Bruxelas. Porém, as várias zonas da cidade (designadas “sectores”), pertencentes a 6 províncias e 52 comunas, e os cerca de 6.500.000 habitantes (40,33% do total) assinalam diferencas sociais notórias.
Há zonas de grandes edifícios, vivendas opulentas com jardins e piscina e outras de negócios ambulantes e casas pre-fabricadas onde mais de 7 ou 8 pessoas partilham o mesmo quarto.
O artigo completo na edição em papel de 05 de Julho de 2014, n.º 627