Lanço do IP8 entre Relvas Verdes e Roncão consignado

A Infraestruturas de Portugal consignou no dia 8 de julho a empreitada “IP8 (A26) – Ligação entre Sines e a A2 – Lanço IP8 entre Relvas Verdes e Roncão – Aumento de Capacidade”. Na cerimónia, estiveram presentes os representantes dos cinco Municípios do Litoral Alentejano, sendo o Município de Sines representado pelo Vice-presidente Fernando Ramos.

Com um prazo de execução de 540 dias, a empreitada representa um investimento de cerca de 45 milhões de euros (44 912 900,05 €).

O objetivo da intervenção é melhorar as condições de circulação e segurança no IP8 entre Relvas Verdes e o Roncão, através da duplicação do existente para um perfil de 2×2, melhorando assim as acessibilidades ao Porto de Sines.

O Presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, congratula-se pela concretização de um investimento “há muito esperado”.

“Fizemos um enorme esforço junto do Governo e das Infraestruturas de Portugal para que este novo troço da A26, entre Relvas Verdes e Roncão, se concretizasse. Foi preciso a concertação da vontade política de diversas tutelas e de trabalho técnico de diversas áreas, mas foi possível e é um dia muito importante para o Alentejo Litoral e para Sines em particular”, afirma o autarca.

“O desenvolvimento do Porto de Sines, a procura que temos registado de investimentos industriais, alguns dos quais já em fase de concretização e outros em fase adiantada de preparação, impõem uma ligação rodoviária de maior qualidade do que aquela que temos atualmente. O tráfego no IC 33 tem aumentado significativamente e, com tudo o que está a acontecer no território, é expectável que continue a aumentar nos próximos anos. Não é apenas uma questão que qualificação da estrada, é uma questão de segurança rodoviária da maior importância.”

Reconhecendo a importância da consignação do aumento de capacidade deste lanço, Nuno Mascarenhas salienta que “não nos devemos prender a este passo”.

“Este troço é apenas uma das duas fases que permitirão a ligação da A26 ao nó de Grândola Norte da A2. O estudo de impacto ambiental do troço entre Roncão e a A2 deve prosseguir o mais rápido possível, bem como o projeto. É inexplicável que o maior porto do País e que a maior área de localização industrial do país não tenham acesso à rede nacional de autoestradas. Não foi isso que impediu ou impede o seu desenvolvimento, mas é um constrangimento muito grande para a economia, para os residentes e para a competitividade das empresas, nomeadamente daquelas que dependem da logística para operar”, diz Nuno Mascarenhas.

“Continuamos atentos ao desenvolvimento deste projeto e a trabalhar com a IP para o desenvolvimento da segunda fase da ligação da A26 a Grândola Norte, mas continuamos igualmente empenhados na qualificação da acessibilidade ferroviária. E esta deve abranger as dimensões de carga e de passageiros. O aumento da pendularidade intrarregional assim o exige, sendo a reintrodução de passageiros entre a Linha do Sul e Sines essencial para o processo de descarbonização da economia regional, criando uma nova vantagem competitiva para a principal bacia de emprego do Alentejo Litoral, que é o complexo portuário e industrial de Sines.”

 

No troço entre o Nó de Relvas Verdes e o Nó do Roncão, o traçado irá aproveitar as terraplenagens efetuadas pela Subconcessão do Baixo Alentejo, compatibilizando o traçado das ligações existentes – Nó de Relvas Verdes, Nó do Badoca e Nó de Ademas – com as exigências associadas à duplicação.

Segundo informação da Infraestruturas de Portugal, os trabalhos serão executados com a estrada aberta ao tráfego, sendo admissível o condicionamento alternado de tráfego limitado ao tempo estritamente necessário à realização dos trabalhos.

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