Cooperantes da Chesandré esperam por nova habitação há cinco anos

Helga Nobre

Os cooperantes que, em 2018, foram contemplados com uma moradia ou apartamento a custos controlados, em Vila Nova de Santo André, desesperam pela conclusão das obras.

O sonho de ter casa própria começou em 2018 quando Ana (nome fictício) viu-lhe ser atribuída uma moradia na 3.ª fase do programa de construção de habitações a custos controlados da Chesandré em terrenos cedidos gratuitamente pela Câmara de Santiago do Cacém.

Um contrato de promessa de compra e venda, um valor de entrada mais reduzido e baixas prestações mensais durante dois anos, foram motivos suficientes para a jovem começar a planear o seu futuro numa moradia “de 130 mil euros” juntamente com o marido e os seus dois filhos menores.

“Assinamos um contrato de promessa de compra e venda em 2018 e apesar do contrato ser muito ambíguo, ou seja não ter data de entrega, não ter a área da casa, não ter absolutamente nada, a não ser o preço, foi feito com a promessa de que as casas seriam entregues no prazo de dois anos”, contou ao jornal “O Leme”.

Quando lhe foi atribuída casa, a cooperante, que preferiu o anonimato por receio de represálias, entregou “10 mil euros de entrada” e ficou “a pagar 155 euros todos os meses” durante dois anos, um valor que “seria abatido no empréstimo final”, especificou.

No entanto, volvidos cinco anos, as chaves da moradia ainda não foram entregues a esta família e o mesmo se passa com as restantes 31 moradias unifamiliares e 48 fogos plurifamiliares que constituem o loteamento municipal, em Vila Nova de Santo André, da Cooperativa de Habitação de Vila Nova de Santo André (Chesandré).

Artigo completo jornal 829 de 20.04.2023