Estimado Fernando Pessoa,
Acreditaria se lhe dissesse que a sua vasta obra estaria a ser estudada mais de setenta anos após a sua morte? Decerto que sim, e decerto também que isso não contribuiria minimamente para a sua felicidade.
Tenho ideia de que foi um homem frustrado, infeliz, inerte, excessivamente racional e insensível, que acabou fragmentado em vários heterónimos, tão genialmente criados quanto inúteis.
Ora, não é através da personificação de diferentes nuances da sua personalidade que consegue, mesmo que ilusoriamente, livra-se da dor de pensar!
Por Miguel Martins, 12º A, ESPAM, sob coordenação da professora Isabel Barros
Artigo completo disponível na edição em papel de 09 de novembro de 2017, n.º 703