Por Mário Primo, Encenador e professor, em Santo André
O país é pequeno mas acho que os mídia ainda o “apequenam” mais. Em termos culturais só tem relevância o que se passa na capital e nas grandes cidades. De resto, acentua-se a macrocefalia do território, onde o interior só é notícia quando algum cataclismo o abala e aí sim, toda a gente descobre os caminhos para lá chegar e durante uns dias está armado o circo mediático estimulando até à exaustão um certo voyeurismo emocional.
Em Santo André, pequena localidade periférica criada com a ambição de ser uma referência no sul do país mas que, com a
indefinição de estratégias de desenvolvimento vai aguardando um qualquer “Godot” que lhe ilumine o caminho, nasceu
em 1988 um grupo de teatro.
O GATO SA, assim se chama esse grupo, foi convidado a encerrar no dia 18 de junho de 2017, um festival de teatro Físico em Varsóvia, onde, a despeito dos seus 17 anos de existência nunca tinha participado nenhuma companhia portuguesa. Será notícia relevante esta participação no 17. Międzynarodowy Festiwal Sztuki Mimu?
O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 20 de julho de 2017, n.º 697