Opinião: Depois digam que não avisei

Por João Pereira da Silva,

Nos tempos que correm é farta a razão para uma crónica. Do BES ao Trump, dos refugiados à Síria, das eleições em França ao Brexit, sempre Israel vs Palestina, ou mesmo entre portas, de Marcelo à dita “geringonça”. Tudo pode servir para uma boa, ou má, crónica.

Contudo, gostaria de trazer um assunto que anda a passar despercebido a alguns portugueses. Trata-se da discussão pública, que já começou, sobre a prospecção de petróleo, na costa e em terras portuguesas.

Antes de mais, esclarecer que nada há contra o petróleo em si. Nem sequer se fala em fechar refinarias.

Não é a questão. Trata-se de saber, em bom rigor, qual a quantidade de petróleo necessária para a humanidade. Nem quero discutir, valores, negócios, interesses estratégicos, etc. Tão somente saber quanto é o necessário. E se para isso, já há produção suficiente. Há muito que tudo depende do petróleo.

Tudo se fez depender do petróleo. Os combustíveis líquidos, o gás, as fibras, os plásticos, as tintas, tudo. Pergunta: – Quantos destes produtos podiam ser obtidos por outras vias, bem mais ecológicas? Por exemplo, das resinas naturais (pinho, eucalipto, etc.) ou os biocombustíveis?

O artigo completo pode ser lido na edição em papel de 23 de fevereiro de 2017, n.º 687