Editorial: Serei um “fardo”?

Abílio Raposo
Diretor
Abílio Raposo
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Por Abílio Raposo,

No passado dia 28 de Outubro celebrou-se o Dia Mundial da Terceira Idade, que existe para recordar essa pessoas que já atingiram uma determinada idade, que foi convencionada pela sociedade sendo depois de entrar na idade da reforma ou aposentadoria. 

Quero partilhar convosco uma reflexão sobre este tema.

Por vezes fico muito indignado com o que vejo em relação às pessoas que, por causa da sua idade e doença ficam mais débeis e também, por isso, frágeis, são mal entendidas e por vezes abandonadas e mesmo mal tratadas. Porque por causa da sua idade e debilidade são consideradas, por alguns, uns estorvos e deviam ser afastadas das suas atividades e muitas vezes da vista da sociedade.

Grande engano e ilusão. Numa perspectiva prática e direta digo: Não se esqueça que um dia também irá ser idoso. Sim, entrará na Terceira Idade, se Deus lhe der essa hipótese e aí vai sofrer na pele essa pressão e tristeza de se ver excluído de muitas das coisas boas e agradáveis que gostaria de fazer e desenvolver. Por isso hoje apelo a todos, nunca é tarde para mudar mentalidades. Coloquemos os nossos idosos na linha da frente, junto com as crianças, para a sua defesa e realização pessoal.

Eles também querem ser felizes e sentirem-se uteis, enquanto a sua memória permanece bem. Não os excluamos daquilo que eles ainda podem e sabem fazer. Como eles serão felizes. E depois carregam com eles uma experiência de vida e uma sabedoria que nós precisamos para nos ajudar na nossa própria existência.

Artigo completo na edição em papel de 05 de novembro de 2015, n.º 657