Por Mário Primo,
Por dever de ofício, retomo em breve uma formação das técnicas básicas do actor como apoio à actividade docente e, numa região em que o interesse pelo teatro tem uma expressão tão significativa, pareceu-me interessante escrever esta crónica sobre a premissa de que parto.
O professor, como o actor, dirige-se às plateias que o escutam procurando tocá-las profundamente, despertar-lhes a curiosidade e o entusiasmo pelo desconhecido, operando as transformações internas que muitas vezes deixam referentes para a vida.
Herberto Helder diz que “o actor acende o livro”, ora é essa também a função do professor que leva o conhecimento (o texto) aos alunos (público), preparando as abordagens de um modo eficiente e claro (análise dramatúrgica), usando estratégias adequadas e instrumentos apelativos (linguagem técnica).
Na sala de aula, como no teatro, o professor persegue uma dinâmica capaz de estimular a curiosidade dos alunos criando uma “ponte” de sentidos e de interesse entre os conteúdos programáticos e o público-alvo.
Artigo completo na edição em papel de 07 de Maio de 2015, n.º 646