Chegou a Portugal sem imaginar que era aqui que iria encontrar inspiração para desenvolver as peças de tecelagem que produz desde que decidiu deixar para trás o seu trabalho enquanto analista clínica na Holanda, já lá vão praticamente 30 anos.
Helena Loermans instalou-se em Odemira, numa antiga casa tradicional do século XIX, agora recuperada, numa das ruas da zona histórica da vila em que se sente em casa.
Sempre de olhos azuis sorridentes, confessa-se apaixonada pela luz do Alentejo, que a inspira na produção de texturas para as suas peças, criadas a partir do seu atelier, onde se cruzam teares, linhas coloridas e novelos cuidadosamente guardados.
Esta tecedeira conseguiu inovar, aliando o artesanato à tecnologia, com o recurso ao planeamento das texturas e padrões através de recurso ao computador, mas também da utilização de um “fio inteligente”, que “regula a temperatura” e contribui para que os tecidos produzidos se ajustem ao clima.
Artigo completo na edição em papel de 18 de Dezembro de 2014, n.º 637